Né Gonçalves celebra o dia de Portugal com o tema ‘Voo do Fado’ ao lado de Soraia Cardoso

Para celebrar o dia 10 de Junho, dia de Portugal e das Comunidades, o músico angolano Né Gonçalves convidou a fadista Soraia Cardoso para o single “Voo Do Fado” onde juntam o Semba e o Fado.

Neste novo single “O Voo do Fado”, com produção de Yami Aloelela e, letra e música de Né Gonçalves, cantor, compositor e poeta de inegável importância no panorama musical angolano, “começa por se ouvir um hungu (o instrumento angolano pai do berimbau brasileiro) que introduz um fado bem português, com a fresca voz de Soraia Cardoso a voar sobre a viola de fado e o baixo acústico de Yami, a guitarra portuguesa de José Manuel Neto e o maravilhoso arranjo de cordas do orquestrador Carlos Garcia.”

“Um fado melodioso que é suavemente desconcertado pelo semba que de imediato se lhe segue, cantado por Né Gonçalves, por cima de sublimes guitarras e percussões angolanas. Na sua letra, “O Voo do Fado” homenageia directamente alguns dos maiores expoentes deste género — Amália Rodrigues («Gaivota», «A Casa da Mariquinhas»), Carlos do Carmo («Os Putos», «Por Morrer Uma Andorinha») ou, mais subtilmente, Mariza (na citação de «Ó Gente da Minha da Terra», que tem letra original, embora nunca por ela gravada ou cantada, de Amália). E, nesta letra, Né Gonçalves deixa também bem claro que o fado já não é só português, mas também é «nosso», angolano e universal. Porque o fado, para além de ser Património Cultural e Imaterial da Humanidade, poderá ter na sua génese a influência de um género de origem angolana, o lundum.”

Né Gonçalves, nascido em 1958 a 25 de Maio (o mesmo dia em que se celebra o Dia de África), é advogado (foi o primeiro Bastonário da Ordem dos Advogados de Angola), professor universitário, cônsul honorário da Finlândia, activista de várias causas sociais e humanitárias e um reconhecido amante das Artes, possuindo um espólio não desprezível de arte (pintura e escultura) contemporânea angolana.

Como músico e criador de música, a sua obra inclui os álbuns «Luanda Meu Semba» (1994), «Luanda Meu Semba – Instrumental» (2012), «Sembamar» (2016) e o novíssimo «Undenge Wetu» (2022), para além de outras importantes contribuições como as músicas que fez para a banda-sonora do filme «Na Cidade Vazia», realizado
por Maria João Ganga, ou do filme «Kalunga, O Mar de Angola», de Bernardo Gramaxo, o primeiro, Prémio Nacional de Cultura e Artes, e ambos premiados internacionalmente.

Ao longo da sua carreira, Né Gonçalves trabalhou com vários nomes importantes da música internacional, como o produtor peruano Jorge Cervantes e, mais recentemente, com outros grandes nomes da música africana como o cabo-verdiano Tito Paris e o angolano Yuri da Cunha, em «Undenge Wetu», nome do single que também baptiza o novíssimo álbum de Né Gonçalves que estará à venda em Portugal e nas plataformas digitais de distribuição de música a 7 de Outubro. 

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