‘Sankofa & Afrofuturismo’, primeira exposição de artes gráficas de Délcio Caiaia
O dia da Mulher Moçambicana é celebrado a 7 de Abril, data da morte de Josina Machel, considerada uma heroína da luta pela liberdade de Moçambique.
Guerrilheira e activista moçambicana Josina Machel, de nome completo Josina Abiathar Muthemba (nome de solteira), nasceu a 10 de Agosto de 1945, na Província do Sul de Inhambane. A família de Josina, encorajou-a à ir a escola e dedicar-se aos estudos, algo raro para às mulheres africanas da época.
Em 1956, mudou-se para capital (Maputo), para frequentar a escola secundária. Josina Machel, tornou-se politicamente ativa em grupos clandestinos de estudantes e iniciou sua vida política ao se tornar membro da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido à frente da luta pela libertação nacional.
Aos 18 anos, determinada a juntar-se aos moçambicanos que viviam em exílio na Tanzânia e lutar pela libertação, Josina Machel, tentou fugir de Moçambique, mas foi capturada em Zimbabué e enviada de volta para Moçambique, onde ficou detida. Um ano depois, conseguiu alcançar o acampamento da FRELIMO, na Tanzânia, onde foi uma das poucas mulheres que recebeu treinamento militar.
A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), em 1967, quando lutava pela independência de Moçambique face a Portugal, criou o Destacamento Feminino, onde Josina, dedicou-se à causa da independência, chegando a recusar uma bolsa de estudo para estudar na Suíça. Ainda nesse ano foi nomeada chefe da Secção da Mulher, no Departamento de Negócios Estrangeiros.
Na liderança do sector feminino, Josina auxiliou na construção de creches, escolas e hospitais durante a luta de libertação e defendeu a participação das mulheres nas políticas de libertação.
Em 1969, casou-se com Samora Machel, um dos líderes da FRELIMO que mais tarde tornou-se o primeiro presidente de Moçambique. À 23 de Novembro desse ano, nasceu o primeiro filho do casal.
Josina Machel, viria a faleceu a 7 de Abril de 1971, aos 26 anos, num hospital na Tanzânia. Moçambique conquistou a independência, quatro anos depois, em 1975, quando Samora Machel tornou-se presidente.
Em homenagem ao seu legado, hoje a data da sua morte, 7 de abril, é celebrado o Dia Nacional da Mulher moçambicana.
Fontes: Infopedia, Pluraleditores, mozambiquehistory.net
