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Débora Costa, de 25 anos, terminou com sucesso o mestrado em Arquitectura, pela Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa, com nota máxima de 20 valores.
Natural de São Vicente, Cabo-Verde, Débora Rossana Costa de Almeida cresceu em Luanda, Angola, terra de seus pais, mas na adolescência regressou a Cabo-Verde, onde fez o liceu na Escola Técnica de Mindelo, no curso de Construção Civil.
Entretanto em 2016, mudou-se para Portugal, onde fez o Mestrado Integrado em Arquitectura com especialização em Arquitectura, pela Universidade de Lisboa, que teve o seu término em Setembro deste ano, onde obteve nota máxima na sua tese.
Nas palavras da jovem arquitecta: “Encontro-me extremamente orgulhosa do sucedido e vejo também como um orgulho para as minhas nações (Cabo-Verde e Angola). Uma vez que sou capaz de ser a primeira pessoa de cor e também mulher a ter tal nota nesta faculdade (sem total certeza)”, disse ao nosso magazine.
“Esta nota reflete um esforço que já vem de longe (academicamente desde o primeiro ano). Chegar ao final com uma nota máxima, só foi mesmo possível com muito trabalho, com ajuda de amigos e família, e um corpo docente que apoia, ensina e encaminha os alunos”, salienta.
Além de ter estudado Arquitectura, Débora que desde sempre teve a arte como hobbie, frequentou por um ano o Curso de Belas Artes na Universidade London Metropolitan, em Londres. “A arte sempre influenciou as minhas escolhas, tanto académicas, como de outros campos mais pessoais. A arte e a arquitetura são estilos de vida, e não apenas áreas profissionais”, afirma.
Para o projecto final, Débora Costa criou um Centro Cultural na zona de Odivelas, Lisboa. Questionada sobre como a arte influenciou a sua escolha para a tese, a mestre arquitecta disse: “Influenciou o meu projeto no sentido em que apesar de tentar resolver questões que têm a ver com o social, o urbano e o territorial, procura sempre uma linguagem apelativa ao visual e ao escultórico”.

Sobre o Projecto Arquitectónico
Sob o tema “A Arquitectura como elemento de inte(g)ração socioterritorial”, o projecto de Centro Cultural foi inserido num bairro multicultural, “mas ao mesmo tempo segregado e sem espaços públicos e equipamentos qualificados para as pessoas”.

“Em termos programáticos é um centro multifuncional, interageracional que promove a interação social entre os variados grupos sociais”.
“Em termos de arquitetura procura criar uma transição entre a cidade e os espaços verdes (também propostos no projeto), procura uma integração territorial e trata dos espaços de transição como momentos de apropriação humana, de fluxo e circulação, de relação entre interior e exterior, e de articulação entre o dentro e o fora”.


Autor
Koffie Luso
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